BAND SE COMPROMETE
A TV Bandeirantes acatou a recomendação feita pelo MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo) e se comprometeu a respeitar o direito do telespectador à informação correta. A Procuradoria havia repreendido a emissora por manter a tarja de “ao vivo” enquanto era exibida uma matéria gravada no programa Brasil Urgente, no dia 14 de janeiro de 2008.
A emissora afirmou, em ofício, que adotará “todas as providências técnicas possíveis e cabíveis a fim de minimizar quaisquer equívocos ao seu telespectador”.
O MPF passou a investigar o caso após reclamação feita ao Digi-Denúncia, que trazia reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que informava que o Brasil Urgente exibiu como fato em tempo real um assalto que aconteceu no mês de agosto do ano anterior.
Segundo o MPF, o apresentador do Brasil Urgente, ao exibir a matéria com as tarjas “exclusiva” e “ao vivo”, em nenhum momento avisou sobre a data do fato ocorrido, gerando dúvidas nos telespectadores sobre a atualidade da notícia.
A emissora afirmou que os selos "ao vivo" e "exclusivo" só apareceram enquanto a tela foi dividida entre o assalto e apresentador do programa. E afirmou que, por razões técnicas, não foi possível trocar de posição os selos ou a imagem do apresentador, este sim "ao vivo".
Por iniciativa da procuradora regional dos direitos do cidadão, Adriana da Silva Fernandes, o presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, João Carlos Saad foi notificado, em setembro desse ano, a tomar as providências para que o fato não se repita.
O MPF considerou que, por se tratar de uma concessionária do serviço de radiodifusão de sons e imagens, a emissora tem o dever de informar a seus telespectadores os fatos sem alteração da verdade e sem deformação das notícias veiculadas pela emissora.
A Band, por meio da assessoria de imprensa, informou que o setor comercial da emissora já prestou todas as informações necessárias ao Ministério Público e que o caso já foi considerado encerrado.
Fonte: ULTIMAINSTANCIA